18 set Fraturas vertebrais serão tema de live da ABRASSO no Instagram
Ortopedista e endocrinologista debaterão tópicos do Capítulo 19 do Manual Brasileiro de Osteoporose, na próxima terça-feira (21/09), a partir das 20 horas
Na próxima terça-feira (21/09), às 20 horas, a endocrinologista Mariana Mascarenhas e o ortopedista Cláudio Mancini farão uma live no Instagram da ABRASSO (@abrassonacional) com o tema “Fraturas vertebrais: sintomas e tratamento”. O tópico está presente no capítulo 19 do Manual Brasileiro de Osteoporose. Durante a transmissão ao vivo, serão abordados assuntos como diagnóstico e tratamento, cirurgias, casos clínicos, uso de colete, reabilitação, entre outros.
“O grande problema quando acontece uma fratura é justamente o aumento do risco de uma segunda subsequente. A ocorrência de uma fratura vertebral aumenta em cinco vezes o risco de se ter uma nova fratura na coluna”, ressalta Mariana Mascarenhas. A endocrinologista faz parte do Departamento de Jovens Pesquisadores da ABRASSO, é especialista em Endocrinologia e Metabologia pela SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), pós-graduanda em Osteometabolismo e médica assistente do Serviço de Endocrinologia do HUMAP-UFMS.
“De todos os tipos de fratura, as do punho podem ser o primeiro fator de identificação da osteoporose nas mulheres no período pós-menopausa. As vertebrais são as mais comuns, enquanto as no quadril são as mais temíveis”, destaca Cláudio Mancini, especialista em Ortopedia e Traumatologia pela SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia) e ex-presidente da ABOOM (Associação Brasileira Ortopédica de Osteometabolismo).
Fraturas vertebrais e tratamento cirúrgico
O envelhecimento natural do corpo humano traz consequências como perda de reflexos neuromusculares, que resultam em quedas laterais ou para trás, aumentando o risco de fraturas. Nas mulheres idosas, as fragmentações nas vértebras ocorrem em atividades do cotidiano, como levantar, pegar peso, arrumar a cama, e não necessariamente em quedas.
Alguns casos mais complexos exigem tratamento cirúrgico. Atualmente, duas técnicas podem ser realizadas nesse processo, a vertebroplastia e a cifoplastia. Na primeira, é injetado cimento ósseo (polimetilmetacrilato – PMMA) na fratura sob pressão, estabilizando o local quebrado e aliviando imediatamente a dor. Na segunda, os médicos utilizam cânulas (pequeno tubo de plástico) para permitir a introdução de balões, que se expandem com uma solução salina opaca. Essa expansão é responsável por uma pequena correção da deformidade vertebral.
Dados sobre a osteoporose
A osteoporose é caracterizada pela perda de massa óssea, que causa enfraquecimento nos ossos, tornando-os mais frágeis e quebradiços. Em 2020, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca de 18 milhões de brasileiros foram impactados pela doença. As fraturas mais comuns são encontradas na região do punho (rádio distal), nas vértebras e no quadril. Em todas elas, as mulheres estão mais suscetíveis às rupturas.
Dados do MBO (Manual Brasileiro de Osteoporose) mostram que as fraturas de punho são mais comuns em mulheres brancas na faixa entre 45 e 60 anos. Isso ocorre, principalmente, devido ao período de menopausa, marcado pela diminuição na produção do hormônio feminino estrógeno. O capítulo 20 do manual mostra que as chances de uma mulher ter uma fratura de punho aos 50 anos é de 16,6%, caindo para 10,4% aos 70 anos. Enquanto, para os homens, a incidência é de 2,9% aos 50, e apenas 1,4% aos 70.
Dessas fragmentações nos ossos, 90% ocorrem em pessoas acima dos 50 anos, e a maioria é resultado de quedas da própria altura. O MBO mostra que o risco de uma fratura de quadril ocorrer em um período de 10 anos, em uma mulher com 50 anos, é de 0,3%, aumentando para 8,7% aos 80 anos. Para homens, esses números são menores, e correspondem a 0,2% e 2,9%, respectivamente.