Estação da Luz terá ações gratuitas de conscientização sobre osteoporose

Nos dias 20 e 21 de outubro, serão realizadas orientações médicas e exames gratuitos; devida à pandemia, ação restringirá atendimento a, aproximadamente, 500 pessoas

A Estação de Metrô da Luz, localizada na Linha 1-Azul, no Centro da cidade de São Paulo (SP), receberá um estande da ABRASSO (Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo) com atividades voltadas ao Dia Mundial de Combate à Osteoporose (20/10). O tema da campanha em 2021 é “Ossos fortes, vida longa!”.

No local, médicos da entidade estarão presentes para orientar gratuitamente a população sobre a osteoporose. A ação acontecerá, nos dias 20 e 21 de outubro, das 8 às 17 horas. A atividade tem apoio do Metrô Social e do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Transportes Metropolitanos.

“Devido ao período de pandemia, realizaremos o evento em dois dias, respeitando as regras de distanciamento e adotando todas as medidas de proteção. Por conta disso, estimamos atender em torno de 500 pessoas. A Estação da Luz foi uma alternativa viável para beneficiar um número razoável de pessoas dentro das necessárias restrições sanitárias”, salienta Francisco José Albuquerque de Paula, endocrinologista e presidente da ABRASSO.

Testes para diagnóstico

Durante a atividade, os pacientes poderão realizar o Teste de Calcâneo e o Teste Frax. Ambos auxiliam no rastreamento do aparecimento da osteoporose. O primeiro é feito por meio de um ultrassom, (não expondo o paciente a radiação), com foco no maior osso do pé, o calcâneo, cuja extremidade posterior popularmente é chamada de “calcanhar”.

Já o Teste Frax corresponde a um algoritmo para o diagnóstico e apoio a decisão terapêutica. Acompanhado pelo médico, o paciente informa se apresenta fatores que são associados a risco de fratura. Em um tablet ou notebook, respondem questões como idade, peso, casos de osteoporose na família, uso de medicamentos, tabagismo, consumo de álcool, entre outras. O resultado é o cálculo da probabilidade de fratura osteoporótica nos próximos dez anos.

As pessoas que apresentarem, nos dois exames, indicações de predisposição a fraturas, serão orientadas a fazer uma avaliação mais específica, por meio do exame de densitometria óssea, que aponta o diagnóstico de osteoporose.

Doença no Brasil

Dados da IOF (International Osteoporosis Foundation) apontam que cerca de 10 milhões de brasileiros sofrem com a osteoporose, porém, apenas 20% estão cientes disso. “Podemos dizer que essa é uma doença silenciosa. Infelizmente, a manifestação clínica da osteoporose é a complicação mais grave da doença, as fraturas”, afirma Francisco José Albuquerque de Paula, endocrinologista e presidente da ABRASSO. Segundo a SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), no Brasil, as fraturas osteoporóticas causam cerca de 200 mil mortes por ano.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) indica que uma a cada duas mulheres terá uma fratura óssea, e que ocorrem cerca de nove milhões de fraturas globalmente por ano.

“A menopausa, período que, geralmente, acontece entre os 45 e os 55 anos, marca a diminuição na produção do estrogênio, hormônio que provoca alterações em todo o organismo feminino, incluindo o processo de remodelação e reparação óssea. Por isso, a osteoporose é mais comum em mulheres. Porém, a condição também afeta homens”, salienta o ginecologista e coordenador da Comissão de Mídias da ABRASSO, Marcelo Steiner.



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