01 de outubro – Dia Internacional do Idoso

Em 01 de outubro é comemorado em todo o mundo o Dia Internacional do Idoso, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de sensibilizar a sociedade para o envelhecimento e alertar sobre a importância de proteger e cuidar dos idosos. Atenta às necessidades da população, a ABRASSO – Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo tem realizado, todos os anos, em outubro, a Campanha “Seja Firme e Forte Contra a Osteoporose”, aderente ao dia 20 de outubro, ‘Dia Mundial de Combate à Osteoporose’, com uma série de atividades para a prevenção desta doença silenciosa e preocupante, que atinge grandes parcelas dos idosos no Brasil e no planeta.

Cerca de 200 milhões de mulheres sofrem com a doença no mundo, de acordo com International Osteoporosis Foundation (IOF) e no Brasil, são 10 milhões de pessoas atingidas por esse problema (dados ABRASSO 2017). Levando em conta que o país tinha 28 milhões de idosos em 2016, ou 13,5% do total da população, e que em dez anos, chegará a 38,5 milhões, 17,4% do total de habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), focar no esclarecimento público sobre a osteoporose é urgente e essencial.

A causa da doença é a diminuição da absorção de minerais e de cálcio, que provoca a fragilização dos ossos e aumenta o risco de fraturas. Nos homens, a partir dos 65 anos, o envelhecimento se acentua e eles podem ficar mais propensos à doença. Nas mulheres, depois dos 50 anos é um período crítico, pois além do envelhecimento, esta fase está associada à pós-menopausa, quando naturalmente a mulher já tem perda de osso. Numa dieta pobre em cálcio, esse desfalque é mais acentuado, portanto, a osteoporose chega com mais velocidade. Ocorre também que muitos casos de osteoporose são genéticos, decorrem de uma herança familiar de baixa massa óssea e isto é um fator não modificável.

“A osteoporose, muitas vezes, só fica evidente quando acontece a fratura, de forma espontânea ou causada por um impacto. Quando há dor, é devido ao local lesionado ou ao desgaste ósseo. Como a osteoporose é uma doença assintomática, até o momento da fratura, é necessário que o paciente faça alguns exames para detectá-la. O exame mais importante é a densitometria óssea, que mede a densidade do osso, o quanto tem de cálcio naquele osso. Quando esta densidade está muito baixa, caracteriza-se a osteoporose, e há o maior risco de fratura. Para a mulher, na menopausa (que é a última menstruação) é a hora de se fazer o exame. No homem, como a doença acontece mais tardiamente, a densitometria é indicada a partir dos 70 anos de idade”, alerta a médica endocrinologista Dra. Marise Lazaretti Castro, presidente da ABRASSO.

A entidade recomenda o consumo diário de cálcio em 1.200mg, para a faixa etária dos 51 aos 70 anos e também acima dos 70 anos. Já a vitamina D suficiente no organismo é mais uma forma de prevenir a osteoporose. “A vitamina D vem do sol, então, a gente tem de tomar sol, de dez a quinze minutos ao dia, para ter um aporte razoável de Vitamina D, importante para absorver o cálcio no organismo”, ressalta a Dra Marise.

Em relação aos níveis de cálcio, a ABRASSO está à frente da Campanha Quanto Cálcio, onde disponibiliza uma tabela nutricional online, para todas as faixas etárias, para facilitar o cálculo de ingestão de cálcio, de acordo com o consumo diário e individual dos alimentos que contém esse mineral. Tem cerca de 210 produtos, entre leites, iogurtes, leite fermentado, queijos e outros (como sucos, requeijão, achocolatados e demais). O acesso é em http://abrasso.org.br/abrasso-lanca-a-campanha-quanto-calcio. Segundo a Dra. Marise, “o leite e derivados são as principais fontes de cálcio para o organismo. O cálcio é o principal nutriente do esqueleto, e sua ingestão inadequada pode contribuir para redução da massa óssea. Além disso, o leite tem outras vitaminas (complexo B, vitamina C, A) e minerais (fósforo, potássio, magnésio) essenciais à saúde”, esclarece.

A alimentação adequada, os medicamentos, os suplementos e a atividade física são importantes fatores para o tratamento e a melhoria do quadro de osteoporose. “Quando a pessoa não pode consumir laticínios durante a primeira infância e adolescência, especialmente, têm que ter suplementação, a complementação com cálcio medicamentoso, porque senão a criança vai ter consequências sérias em relação ao esqueleto que está se formando. Para os idosos, a combinação dos fatores de tratamento pode aumentar a qualidade e expectativa de vida e diminuir o sofrimento”, conclui a Dra Marise.



plugins premium WordPress