Vitamina D é tema de live da ABRASSO no Instagram

Endocrinologistas e reumatologista debaterão tópico na próxima quarta-feira (30/03), às 19 horas

Para esclarecer as dúvidas e conversar sobre os mitos e verdades da Vitamina D, os endocrinologistas Sergio Maeda e Maisa Monseff, juntamente com o reumatologista Diogo Domiciano, farão uma live no Instagram da ABRASSO (Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo), no próximo dia 30 de março (quarta-feira), às 19 horas.

A transmissão ao vivo intitulada “Vitamina D: mitos e verdades” faz parte da série de lives promovidas pela entidade, nas quais, uma vez por mês, médicos especialistas trazem temas do metabolismo ósseo para serem discutidos por meio do perfil @abrassonacional.

Produzida na pele principalmente após a exposição solar, a Vitamina D possui papel importante na prevenção de perda de massa óssea. Ela age diretamente no processo de mineralização óssea, ou seja, o nutriente ajuda o corpo a absorver o cálcio no intestino, e contribui para a diminuição do risco de fratura causada pela osteoporose, doença caracterizada pelo enfraquecimento dos ossos.

Prevenção da osteoporose

Segundo a IOF (Fundação Internacional de Osteoporose, em tradução livre), a osteoporose atinge cerca de 10 milhões de brasileiros, porém, somente 20% deles estão cientes disso. Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) indicam que uma a cada três mulheres terá uma fratura óssea, e que ocorrem cerca de 9 milhões de fraturas globalmente por ano.

O endocrinologista e vice-presidente da ABRASSO, Sergio Maeda, ressalta que a exposição solar ajuda, sim, a evitar doenças ósseas, mas ela precisa ser controlada. “Para as peles mais claras, de cinco a sete minutos por dia são suficientes. Já as mais morenas, de 10 a 15, evitando a vermelhidão. Regiões como rosto e pescoço devem ser protegidas por conta do risco de câncer de pele, e o recomendado é não usar protetor solar nas outras regiões durante esses breves períodos”, diz.

A IOF afirma, ainda, que baixos níveis de vitamina D preocupam médicos do mundo inteiro, mesmos nas regiões com abundância de sol. Isso acontece porque alguns fatores interferem na sua formação, como a estação do ano, a poluição urbana, tempo excessivo em locais fechados, roupas que cobrem todo o corpo, cor da pele e idade.

Fontes alimentares

“Peixes ricos em gordura, como o salmão, óleo de fígado de bacalhau, cogumelos e gema do ovo são algumas fontes interessantes para incluir na dieta, sendo ricos em vitamina D. Contudo, a quantidade recomendada diariamente dificilmente é atingida unicamente pela dieta, a não ser em países que fazem a fortificação dos alimentos, usualmente os que têm dificuldade para exposição solar”, salienta Maisa Monseff, endocrinologista e membro do Departamento de Jovens Pesquisadores da ABRASSO.

A doutora ressalta, ainda, que a dieta também deve ser rica em cálcio, para que ambos os nutrientes possam agir na fortificação dos ossos. Em alguns países de clima frio, como a Irlanda, por exemplo, políticas de saúde garantem a produção de alimentos fortificados com Vitamina D. Massas, biscoitos, suco de laranja, manteiga e outros itens com a suplementação inclusa são encontrados facilmente nesses locais.

Suplementação

Os alimentos mais ricos em vitamina D não costumam fazer parte da dieta habitual das pessoas. Por isso, muitas vezes a suplementação é necessária para aqueles que apresentam risco de deficiência. Segundo a SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), níveis acima de 20ng/mL (nanogramas por mililitro) são desejáveis para população em geral. Já para grupos de risco, como idosos, pacientes com osteoporose e gestantes, os valores devem ficar entre 30 e 60ng/mL.

“Em pessoas com risco de deficiência, é recomendado que o paciente faça uma dosagem das concentrações de vitamina D no sangue. Quanto à suplementação, esta deverá ser avaliada de acordo com cada caso. Os suplementos de Vitamina D podem ser encontrados em farmácias, supermercados, internet e outros locais. Normalmente, são vendidos em cápsulas ou em gotas”, explica o reumatologista Diogo Domiciano.

Transmissão ao vivo

Sergio Maeda é mestre e doutor em Medicina (Endocrinologia Clínica) pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo). Atualmente, é médico assistente da mesma instituição e vice-presidente da ABRASSO.

Maisa Monseff possui residência em Clínica Médica pela UEL (Universidade Estadual de Londrina-PR) e em Endocrinologia e Metabologia pelo Hospital das Clínicas da FMRP-USP. Tem título em Endocrinologia e Metabologia pela SBEM e é doutoranda em Osteometabolismo pela USP Ribeirão Preto (SP), além de membro do departamento de Jovens Pesquisadores da ABRASSO.

Diogo Domiciano é doutor em Doenças Osteometabólicas pela FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo). Médico dos Núcleos Avançados de Reumatologia e de Saúde Óssea do Hospital Sírio Libanês, ele também compõe a Comissão de Densitometria Óssea da ABRASSO.



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